Ela entrou, fazendo de todos platéia do divino
Transmutando cada homem em mero menino
Decoração, talvez, para aqueles olhos azuis penetrantes
Olhos sorrateiros, inelutáveis, nunca vistos antes
Não eram bons, nem ruins. Eram de redenção.
Olhar impecável onde se encontrava alívio. Perdão.
Perdão por cobiçar aquela perfeita criatura,
Quiçá por pensar que não existe aparente doçura
Entretanto, o belo ser que faz de tantas gargantas nó
Não carrega olhar misterioso, apenas o de quem está só.
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